Diário de Guerrilha: 01/01/2005. Sim, dia de Ano Novo. E eis-me aquí, em pleno trabalho. Pelo bem do turismo e hotelaria brasileiros...

Dia de Ano Novo

O sono só foi bater mesmo lá pelas três.
O despertador me arranca de um sonho meio esquisito às sete da manhã.
No "automático", me visto, escovo os dentes, me mando.
No elevador percebo que os meus sapatos precisam urgentemente de graxa.
E eu, de mais horas de sono.
Minha cara grita isso.
Cumprimento o porteiro, olho para o céu. Cinza, mas isso é default. Daqui a algumas horas estará azul.
Entro no carro.
Músicas velhas no rádio - aquelas baladinhas comerciais pop insuportáveis.
DJ em ressaca e seus cartuchos com sucessos datados.
Ninguém na rua. Ninguém mesmo.
Na Martin Afonso. Na Padre Agostinho.
Tive a impressão de ver um mendigo na esquina com a Desembargador Motta - mas foi só impressão.
Doutor Muricy; desvio de um cachorro no meio da pista.
Um cachorro bege, parecia um Labrador.
O cachorro não se moveu.
Esquina com a XV: Um pombo, num rasante, sobrevoa o meu carro e desaparece rumo à Tiradentes.
Esquina com a Marechal Deodoro: Ví um ônibus.
Aqueles tradicionais, amarelos.
Passo a Carlos Gomes, dobro na André de Barros.
Bancas de jornais fechadas.
A Gazeta do Povo não circulará hoje.
Nem o Bar do Alemão abrirá, muito menos as lojas do Mueller.
Entro na Barão do Rio Branco e paro o carro.
Desço, entro no hotel.
E começa um dia de trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário